Moramos em um país tropical, sem grandes desastres naturais, porém com aquele problema que estamos habituados: o calor!
Neste cenário, o bom aproveitamento de materiais e a utilização de estratégias arquitetônicas para distribuição dos espaços em relação à orientação solar são indispensáveis para ambientes termicamente agradáveis.
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), a temperatura do planeta pode aquecer ainda mais até 2100.
Desta maneira fala-se muito em conforto ambiental e, cada vez mais, os arquitetos e engenheiros solucionam estes problemas com a utilização dos vidros modernos.
Você sabia que, devido à alta tecnologia, existem vidros que permitem que os raios solares sejam filtrados, de forma seletiva, reduzindo em até 80% a entrada de calor nos ambientes, diminuindo a luminosidade minimamente?
Os vidros atuais podem bloquear a entrada dos raios UV (Ultravioleta) em 99,9%, o que evita o envelhecimento e desbotamento de móveis, pisos, etc, que são conseqüências da radiação solar.
Os dados mais importantes dos vidros são TL (transmissão luminosa) e FS (fator solar) que traduzem o desempenho de cada tipo de vidro com relação à iluminação e filtração do calor. O TL é a porcentagem da luz visível que passa pelo vidro e o FS é o total de energia (calor) que entra no ambiente (soma da transmissão direta + re-irradiação).
O coeficiente de sombra, por sua vez, também muito utilizado, é a comparação do que entra de energia em relação a um vidro incolor comum de 3mm. Quando o FS e/ou o coeficiente de sombra é reduzido, a entrada de calor também diminui. Ou seja, o produto tem um melhor desempenho.
Para facilitar, vamos pensar num exemplo prático de sucesso e melhoria indiscutível: a restauração da Catedral de Brasília. Nós, da Avec Design, utilizamos um vidro com TL de 50% (tornando o ambiente muito mais agradável) e com o coeficiente de sombra 0,38, o que significa a entrada de somente 38% em relação ao vidro comum, como o antigo existente no local. Portanto, foi reduzido 2/3 da entrada de calor, proporcionando o conforto térmico no interior da Catedral.
(notem: o Arcebispo de Brasília, agradecido, disse que rezaria pela nossa empresa!)
Antes…
Protótipo dos vidros novos e os antigos…
Depois…
A evolução dos vidros corrigiu os problemas de conforto na Catedral, pois apesar do projeto genial, estes vidros especiais não existiam na época em que foi projetada.
Escolhas cautelosas nos projetos são capazes de gerar o conforto térmico que, muitas vezes, é alcançado apenas com a utilização de vidros ideais e modernos.
Referências:
www.cebrace.com.br